
Live-action de Como Treinar o Seu Dragão divide a crítica: "carinhoso", mas "desnecessário"
3 min.
09/06/2025
Ériton Cláudio
A aguardada versão live-action de Como Treinar o Seu Dragão já está gerando debate entre a crítica especializada antes mesmo de sua estreia oficial. Com sessões antecipadas em cartaz no Brasil e lançamento marcado para a próxima quinta-feira, 12 de junho, o remake da Universal Pictures tenta reviver a magia da animação de 2010 — com resultados, até agora, mornos e controversos.
Protagonizado por Mason Thames (O Telefone Preto) no papel de Soluço, o filme é dirigido por Dean DeBlois, o mesmo cineasta responsável pela trilogia original animada. DeBlois retorna com a missão de preservar o coração da franquia que encantou uma geração, mas nem todos os críticos estão convencidos de que essa transição foi necessária.
Opiniões divididas
Em tom elogioso, a Variety defende o esforço de DeBlois, afirmando que o diretor "protege a franquia como seu bebê", e que essa adaptação é "mais segura do que as tentativas da Disney com seus clássicos". Para o veículo, a mudança de animação para live-action foi feita com cuidado e respeito à obra original.
Já o The Telegraph foi direto ao ponto: “um verdadeiro fracasso que se arrasta”, descrevendo o filme como uma cópia sem alma do original animado. A publicação critica o longa por apenas "replicar os mesmos sons e imagens", tornando-os "sem graça" fora do contexto da animação.
O site Next Best Picture também destacou essa sensação de déjà-vu, dizendo que o filme é “totalmente desnecessário”. No entanto, o mesmo crítico reconheceu qualidades técnicas, como “visuais de tirar o fôlego, dragões adoráveis e uma adaptação que captura perfeitamente o coração do original”.
A revista Empire adotou um tom mais equilibrado, descrevendo o live-action como uma “releitura carinhosa”, mas que joga pelo seguro e carece de originalidade. Para a publicação, o filme agrada ao coração, mas pouco acrescenta ao legado da animação.
Já o AV Club foi mais ácido em sua crítica, afirmando que a nova versão apenas “troca a magia da animação pela mediocridade ávida por dinheiro”. Segundo o site, “ninguém precisa de um remake live-action” de uma franquia tão recente e ainda viva na memória do público.
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Mesmo com as reações divididas, o longa chega aos cinemas com a força da nostalgia e da base de fãs fiel. A nova versão promete cenas emocionantes, um visual impressionante e a mesma relação comovente entre humanos e dragões — mas ainda precisa provar que sua existência vai além do apelo comercial.
Com a estreia marcada para 12 de junho, o público brasileiro logo poderá tirar suas próprias conclusões sobre essa adaptação que, embora feita com carinho, ainda busca justificar sua própria razão de ser.